Como gerenciar conflitos para aumentar a produtividade
Em tempos de isolamento social devido à pandemia de Covid-19, a sociedade teve que redefinir processos e dar um novo sentido à palavra ‘prioridade’. O home office foi amplamente aderido por empresas e as vendas on-line ganharam ainda mais espaço na rotina do comércio. Mas é justamente diante de tantas mudanças e fortes emoções que surgem os conflitos.
Você, sabe a melhor maneira de resolvê-los na sua empresa?
O princípio básico para resolução de qualquer conflito, pessoal ou profissional, é conhecer as próprias necessidades e buscar entender as do próximo. Para a mestre em resolução de conflitos, Annemarie Richter, compreender essas questões é o começo de tudo. “Não podemos ter a presunção de que resolveremos situações conflituosas sem tratar das nossas reais necessidades, pois elas não cessam e poderão aparecer de forma intensa em outros conflitos”, alerta a mediadora, também diretora da Girassol Soluções Socioambientais.
“Não podemos ter a presunção de que resolveremos situações conflituosas sem tratar das nossas reais necessidades.”
Frente ao cenário de crise, outro ponto importante é desenvolver, ainda mais, a empatia e balizar as próprias emoções. “A vida não pode parar! Precisamos dar respostas e tomar decisões corporativas que trarão reflexos em curto, médio e longo prazos. Por isso, é necessário analisar os sentimentos e buscar se acalmar para melhorar a conduta e estimular o raciocínio assertivo”, explica Annemarie.
Aos mais inquietos, a especialista dá algumas dicas para se acalmar e buscar a serenidade para conversar e chegar à resolução do conflito. “É valido aplicar a técnica de respirar fundo, contar até 100, ouvir uma música, assistir a algum programa que diminua o estresse, tomar um chá, comer um chocolate ou ligar para um amigo”. O importante, segundo a mediadora, é encontrar estratégias capazes de reduzir a intensidade da emoção.
Como estimular esse processo na empresa?
Diante de situações incomuns à rotina, como o home office adotado em função da pandemia ou horários alternativos, algumas pessoas encontram dificuldades para criar uma rotina saudável e produtiva. Por isso, Annemarie adverte: é preciso olhar para o colaborador e cuidar da saúde psicológica daquela pessoa.
“Neste momento, é importante promover rodas de diálogo, momentos em que as pessoas possam falar de seus sentimentos, medos e ansiedade em relação ao futuro. As feridas só saram se são ventiladas.”
Além disso, é preciso oferecer suporte ao colaborador antes de cobrar a mesma performance diante de um momento diferente. “Passar por cima dessas necessidades, tão humanas, é postergar o conflito e correr o risco de ter custos mais elevados com aumento de absenteísmo provocado por doenças emocionais, como depressão, síndrome do pânico e outras”, pondera.